Milhões de brasileiros sofrem com essa doença, que chega a incapacitá-los até na realização de tarefas cotidianas. Com isso, novas alternativas de tratamento para depressão têm surgido, como a terapia ortomolecular.
Essa prática vem crescendo nos últimos anos e tem o objetivo de corrigir desequilíbrios do corpo por meio da alimentação.
Quer saber sobre os benefícios dela e como ela pode auxiliar no tratamento para depressão? Continue lendo este artigo.
O que é Terapia Ortomolecular?
Esta forma de medicina utiliza a alimentação como meio principal de equilibrar o organismo, por intermédio da suplementação de vitaminas.
Em nosso corpo estão presentes inúmeras estruturas que ajudam nesse equilíbrio de inúmeras formas, como as moléculas biológicas.
Proteínas, enzimas, vitaminas, ácidos graxos dão origem a radicais livres que podem, junto a outros fatores, causar danos às células sadias.
Isso acontece porque durante o processo natural de queima do oxigênio para o corpo gerar energia, esses elementos estão reagindo uns aos outros.
Mas há também outros fatores que aumentam o nível desses radicais livres, como consumo de drogas e raios ultravioletas.
Outro fator é o estresse, que contribui para esse aumento. Mas é importante lembrar que o problema não está na presença desses radicais.
O que é preocupante é a quantidade deles, que podem enfraquecer o nosso sistema imunológico e contribuir para o surgimento de outros problemas, assim como influenciar no tratamento para depressão.
Por isso, essa medicina tem o objetivo de evitar essas doenças e até mesmo prevenir o câncer, já que combate os radicais livres e equilibra a quantidade das moléculas biológicas.
Como funciona esse tratamento?
A principal prática da terapia ortomolecular funciona com uma alimentação especial e o auxílio de suplementos vitamínicos.
Essa dieta especial é feita de maneira personalizada, identificando qual a realidade de cada paciente em específico, inclusive os que estão em tratamento para depressão.
Ou seja, antes de começar qualquer dieta, é necessário entender o que de fato está faltando no organismo do indivíduo.
Para que isso aconteça, é feito um exame de análise dos fios de cabelo para identificar a falta de sais minerais e aminoácidos, chamado de mineralograma capilar. Somente depois dele é possível estruturar o plano do paciente e recomendar a ingestão de cápsulas com as substâncias faltantes.
Portanto, se há falta de vitaminas, antioxidantes e sais minerais, o objetivo da terapia será a sua reposição.
Sendo assim, ela modificará a dieta do paciente com o intuito de complementar a sua alimentação com alimentos naturais, integrais, verduras, frutas e legumes.
Alimentos indicados na dieta
Nesta terapia, para manter uma dieta rica e equilibrada em triptofanos, magnésio, vitaminas e outras substâncias importantes, são geralmente utilizados:
- triptofano: iogurte desnatado e leite, peixes, banana, feijão e lentilha;
- magnésio: maçã, queijo, nozes, amêndoas, amendoim e cereais integrais;
- ferro: feijão, batata, espinafre, ervilhas, fígado, brócolis, ovos, pão integral e vegetais folhosos;
- vitaminas do complexo B: fígado, gérmen de trigo, berinjela, gema de ovos, peixes e seu óleo, arroz e farinhas integrais, leite, ostra, queijo, amendoim, espinafre e couve-flor;
- vitamina C: laranja, limão, alface, tomate, abacaxi, acerola, goiaba e pimentas.
Os minerais utilizados na terapia injetável
Já em relação à suplementação de substâncias, alguns minerais e eletrólitos usados no tratamento atuam em processos como sínteses e ação de enzimas e hormônios, este bem importante no tratamento para depressão, como a serotonina.
Os principais utilizados na terapia injetável e que ajudam a fortalecer o sistema imunológico são:
- manganês: um dos responsáveis pela metabolização de radicais livres nas mitocôndrias e arginase produzida no fígado. Essa substância é essencial na síntese do colesterol e dopamina;
- bicarbonato de sódio: é um elemento capaz de reagir com ácidos e bases fortes, corrigindo o pH e é também utilizado como coadjuvante nas formulações;
- cloreto e sulfato de magnésio: o primeiro está presente nas reações enzimáticas e atua na síntese de proteínas e ácidos nucléicos; o segundo está presente também nessas reações mas em quantidades muito maiores, facilitando a síntese de gordura e proteína;
- sulfato de cobre: atua em enzimas envolvidas na matriz óssea;
- sulfato de zinco: desempenha um importante papel na imunidade, auxiliando na tradução, transporte e replicação do DNA de células do sistema imunológico;
- selênio: mineral essencial para proteção contra câncer e doenças crônicas como a aterosclerose, agindo como um antioxidante.
Veja os principais benefícios da terapia
Inúmeros cientistas confirmam a importância do nosso intestino como uma espécie de segundo cérebro, colocando a alimentação como um dos pilares para uma saúde equilibrada.
Assim, se utilizando dos elementos que descrevemos, a medicina ortomolecular traz benefícios em diversos tratamentos, até para retardar o envelhecimento.
Dentre eles, pode ajudar em casos de:
- controle da ansiedade;
- tratamento para depressão;
- infertilidade;
- candidíase;
- artrite;
- pressão alta;
- asma;
- problemas no sistema digestivo.
Entenda a relação entre a depressão e o sistema digestivo
Dada a importância desse segundo cérebro que é o intestino, manter o bom funcionamento do corpo se torna imprescindível.
Não apenas para manter a saúde e o bem estar, mas para evitar o desgaste do organismo e ajudá-lo com uma alimentação equilibrada.
Por isso, a medicina ortomolecular é uma terapia que possui foco na correção dos minerais, vitaminas e outros nutrientes.
Quando falamos do tratamento para depressão, estamos lidando com uma realidade que no Brasil alcançou o número de mais 16 milhões de pessoas em 2019.
Este resultado não para de crescer, e dentre os seus agravantes estão a correria do dia a dia, o sedentarismo e os desequilíbrios de neurotransmissores.
E, claro, não poderíamos deixar a alimentação de lado, visto que no decorrer do tempo as pessoas passaram a consumir alimentos ultra processados e em grandes quantidades.
Mas esta é apenas uma das características da alimentação na modernidade, que influenciam no tratamento para depressão.
Os principais sintomas da depressão
Esta doença é conhecida como um problema da vida moderna, sendo uma síndrome caracterizada, principalmente, pelo humor deprimido, o cansaço emocional e a perda de interesse.
Não estamos falando de apenas uma tristeza temporária como quando nos sentimos tristes por alguma situação, mas de muita coisa acontecendo internamente.
Alguns sintomas associados a ela são:
- alterações no humor, sono (insônia ou hipersonia);
- sentimentos de culpa, medo, tristeza e outros associados;
- baixa autoestima;
- diminuição do apetite;
- dificuldades de concentração e raciocínio.
Além desses, é importante destacar que muitos pacientes também têm sintomas desconfortáveis e incapacitantes como dores, ansiedade ou desânimo.
Como a depressão é diagnosticada?
Não há exames clínicos para indicar a doença. É preciso identificar as rotinas do paciente, os casos na família e outros diversos fatores que influenciam diretamente na vida cotidiana.
Como existem muitas classificações e graus da depressão, o que faz com que o diagnóstico seja um pouco mais demorado.
Por isso, procurar especialistas como psicólogos e psiquiatras é a maneira mais indicada de receber atendimento médico.
Portanto, a terapia ortomolecular pode ser utilizada de modo paralelo, tratando indiretamente a doença por meio do equilíbrio do organismo.
Qual a relação entre depressão e saúde intestinal?
Um importante fator que causa o desequilíbrio do corpo é a alteração dos neurotransmissores cerebrais, como a serotonina.
Conhecida como hormônio da felicidade, é muito comum pensarmos que ela exista no cérebro, No entanto, a maior parte dela é produzida justamente no intestino. Portanto, este é um dos maiores indicativos que relacionam a importância da manutenção do sistema digestivo com a depressão.
Essa substância é produzida por meio do triptofano, aminoácido fundamental de uma alimentação saudável.
Ele está presente em alimentos como banana, ervilhas, peixes, abacate, amêndoas e lentilhas. Em contrapartida, o açúcar e industrializados podem desequilibrar esses neurotransmissores.
Como a ortomolecular auxilia no tratamento para depressão?
Você deve ter observado que, como essa terapia possui foco no equilíbrio do organismo e este é um dos importantes fatores que contribuem para a depressão, cuidar da alimentação é essencial.
Por isso, a prática ortomolecular não possui atuação somente no tratamento para depressão, mas também na sua prevenção.
Isso porque, além do tratamento tradicional que é imprescindível, essa prática ajuda a complementá-lo suplementando os nutrientes que se encontram em baixa quantidade no corpo do paciente.
Portanto, não atua diretamente na doença, mas é uma maneira de preservar os neurotransmissores e, consequentemente, nos quadros da doença.
Seu auxílio com esse foco se dá no equilíbrio de aminoácidos, como o triptofano, selênio, magnésio, ácido fólico e vitaminas do complexo B.
Substâncias como essas têm impactos diretos na produção dos neurotransmissores, com influências no humor, na qualidade do sono e no tratamento para depressão.
Além delas, outras substâncias como o ômega 3 e a vitamina D3 também estão sendo pesquisadas para essa complementação, que busca identificar esse desequilíbrio de nutrientes.
A ortomolecular não substitui o acompanhamento especializado
É importante ressaltar que a preocupação com a saúde deve acontecer não somente com o problema batendo à porta.
Por isso, com a medicina ortomolecular é possível ajustar o nosso equilíbrio para justamente prevenir doenças e sintomas.
É muito comum tratarmos esses problemas com medicamentos e técnicas e não colhermos resultados positivos, isso porque a alimentação é de grande importância nesse processo.
Contudo, o acompanhamento médico com psicólogos e psiquiatras é fundamental no tratamento para depressão.
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